Pesquisa de Campo: Doenças Infecciosas

Pois é, há algum tempo fizemos um trabalho na escola, relacionado ao assunto que temos postado nesse blog, era sobre, bem, sobre o que está no título, desnecessário repetir, mas só pra deixar bem claro: Doenças Infecciosas. Nossa turma se dividiu em grupos e cada um pegou uma doença. Assim, “pegar” no sentido de “receber como tema”.

Eu e o Mateus ficamos em grupos diferentes, a minha doença foi AIDS e a do outro tétano. Pesquisamos sobre a doença no país, coisas como casos registrados, índices de expansão da doença e medidas tomadas pelo governo pra conscientizar a população. Depois elaboramos, cada um, uma hipótese, de forma geral, em relação ao conhecimento das pessoas sobre a doença, depois elaboramos questionários, determinamos um público alvo para eles e saímos por aí entrevistando um bocado de pessoas para ver se de fato a hipótese estava correta.

Bem, dá pra encher isso aqui de palavras explicando todo o processo e horas sem dormir para a elaboração da hipótese, questionário e outras coisas mais. Por sorte, nossa professora “propôs” a  brilhante ideia de que cada grupo fizesse um banner que mostrasse de forma resumida, e de certa forma atrativa, como foi a elaboração, execução e resultados de cada trabalho. Para encurtar a história, aqui estão eles (clique nas miniaturas):

                   

 

 

Botânica: Introdução e Resumão

O reino plantae é como chamamos o reino das plantas (ou vegetais), organismo eucarióticos, multicelulares e autotróficos*, ou seja, são capazes de produzir as substâncias orgânicas que lhe servem de alimento, através de fotossíntese. As células das plantas possuem parede celular de celulose, vacúolos e plastos (ou plastídeos) entre os quais, um que você deve conhecer e que participa da fotossíntese é o cloroplasto. A substância de reserva desses seres é amido e efetuam meiose espórica (na hora da formação dos gametas).

Assim como muitas algas, todas as plantas possuem ciclo de vida haplodiplonte, que explicaremos mais a frente. Por enquanto basta saber que nesse ciclo há alternância de gerações haplóides (gametófitos) formadores de gametas e indivíduos diplóides formadores de esporos (esporófitos).

Atualmente são conhecidas mais de 320 mil espécies de planta, que variam tanto em tamanho quanto em forma e até na organização corporal. Vão desde organismos relativamente simples como os musgos até organismos complexos como os pinheiros e plantas frutíferas.

Já foram propostas diferentes formas de se classificar as plantas, a mais aceita atualmente as divide em filos. Estes filos são agrupados em quatro grandes grupos, nos quais você já deve ter ouvido falar, Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Ainda podemos agrupá-las em dois grupos maiores, o das plantas criptógamas, plantas sem semente e fanerógamas que apresentam semente. Falaremos agora um pouco sobre os quatro grandes grupos, falando sobre suas principais características e representantes e o ciclo de vida.

———- Briófitas ———-

São as mais simples do reino plantae, no geral, pequenas e delicadas vivendo em ambientes úmidos e sombreados. Contudo, existem musgos (as briófitas mais conhecidas) que vivem sob rochas ou barrancos expostos ao sol, locais relativamente secos; e também há aqueles que vivem sob temperaturas muito baixas, no Círculo Polar Ártico, onde constituem vastas áreas denominadas tundras. Além de musgos, outras plantas como as hepáticas e antóceros são briófitas.

As briófitas são plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos que conduzem seiva pelo seu corpo, a transmissão de nutrientes é de célula para célula e se dá por difusão. em geral possuem um eixo principal conhecido como caulóide (por lembrar o caule das outras plantas), dotado de estruturas laminares que lembram folhas e são chamadas de filóides. Fixam-se ao solo, pedra ou tronco de árvore, através de rizóides, estruturas parecidas com raízes, porém a função principal é fixação e não absorção de nutrientes, isto ocorre por toda a planta.

Quanto a reprodução, as briófitas podem se reproduzir assexuadamente por fragmentação, mas o meio mais comum é pelo ciclo haplodiplonte, que como já foi dito, acontece em todas as plantas, nas briófitas ele acontece da seguinte forma:

Como podemos ver, no caso dos musgos, o esporófito (indivíduo 2n produtor de esporos) cresce encima do gametófito que crescemperpendicularmente ao solo, enquanto nas hepáticas, o gametócito cresce rente ao local onde está fixado e os esporófitos se desenvolvem sobre pequenos espaços do gametófito. Na parte superior do esporófito é formado uma cápsula, lembrando um guarda-chuva minúsculo, com bordas lisas nas plantas masculinas e recortadas nas femininas. Veja na imagem ao lado uma hepática e o esporófito de uma planta feminina.

 

———- Pteridófitas ———-

São plantas traqueófitas, ou seja, com vasos condutores de seiva em seu corpo, e nelas, o gametófito se desenvolve independentemente do esporófito, e assim como as briófitas, não formam sementes. Representantes conhecidos do grupo são as samambaias e avencas, muito utilizadas como plantas ornamentais. Há espécies de grande porte, são comuns em matas úmidas e muitas delas são epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas, mas sem parasitá-las; há poucas espécies aquáticas em água doce. Fazem parte também do grupo licopódios e selaginelas, cavalinhas e psilotáceas. Os tipos citados nesse parágrafo estão nas imagens abaixo, resta a você testar seus conhecimentos (ou sua habilidade no google images search) descobrindo qual é qual (clique na imagem para aumentá-la várias vezes):    

As pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.

O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal, sendo chamado de rizoma. Mas, em algumas como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

Veja agora o ciclo da vida de uma samambaia, onde na superfície inferior das folhas de certas espécies se formam círculos pequenos, que nos chamamos de soros, eles contêm esporângios, e estes contem esporócitos, as células que produzem esporos.

As estruturas chamadas de anterídeo e arquegônio são respectivamente estruturas masculina e feminina, formadas ambas num gametócito hermafrodita, ou então, podem ser anterídeos formados em um microgametófito (gametófito masculino) e arquegônios formados em um megagametófito (feminino).  Os anterídeos, como mostra a figura, liberam, quando maduros, os anterozóides, gametas masculinos que fecundarão, cada um a um arquegônio, formando um zigoto.

 

———- Gimnospermas ———-

Essas plantas são no vasculares e possuem sementes chamadas “nuas”. Isso pois elas não são envolvidas pelo ovário desenvolvido, (por um fruto), mas inseridas em uma camada superficial constituída por escamas reunidas, uma espécie de ramo com folhas modificadas, um estróbilo, que pode ter forma cônica em algumas árvores como nos pinheiros, sendo chamado de pinha. Esses estróbilos são as estruturas reprodutivas. Dessa forma, as gimnospermas são vegetais que não possuem frutos. Nesse grande grupo encontram-se os pinheiros e ciprestes, cicas, gnetáceas e gincobilobas, que são seres que vivem, preferencialmente em ambientes frios ou temperados.

Esses organismos possuem o esporófito como fase predominante no seu ciclo, e reúnem espécies monóicas ou dióicas, porém com reprodução sexuada:

– As monóicas caracterizam-se por manifestar em uma mesma planta, tanto estróbilos masculinos quanto femininos, que possuem, respectivamente, estruturas diferenciadas chamadas de microsporângio e megasporângio. O primeiro origina o grão de pólen e o segundo o óvulo. Normalmente os estróbilos masculinos se dispõem próximo à base da copa arbórea, e os estróbilos femininos mais em direção ao ápice.

– As dióicas representam espécies onde os distintos estróbilos são formados em diferentes indivíduos, uma planta masculina e outra feminina.

O ciclo de vida dessas plantas é mais complexo que o dos vistos anteriormente, por isso, para melhor entendimento, veja três exemplificações claras do ciclo clicando aqui, aqui de novo, e aqui também. A reprodução desses vegetais depende da polinização pelo vento, que leva os grãos de pólen até os óvulos fixos nas árvores.

 ———- Angiospermas ———-

O nome do grupo faz referência a plantas com sementes guardadas no interior de um fruto. Essa é a novidade evolutiva característica das angiospermas, a presença de frutos e flores. É o mais numeroso grupo de plantas atuais, variando de gramíneas a enormes árvores. Existem cerca de 235.000 espécies descritas e habitam todos os tipos de ambientes.

A divisão desse grande grupo tem sido questionada e está em discussão, mas por enquanto, podemos dividi-las em três grupo principais, o das monocotiledôneas, eudicotiledôneas e dicotiledôneas basais, estas ultimas apresentam características primitivas, sendo consideradas remanescentes do grupo que deu origem tanto às monocotiledôneas quanto às eudicotiledôneas, e envolve apenas cerca de 3% das espécies de angiospermas.  O grupo das eudicotiledôneas e das dicotiledônias basais estavam inicialmente contidas dentro do grupo das dicotiledôneas, que foi desmembrado por não ser monofilético.

A seguir as principais características dos dois principais grupos de angiospermas:

Monocotiledôneas:

  • Raízes fasciculadas;
  • Folhas com nervuras paralelas (paralelinérvea);
  • Sementes com 1 cotilédone;
  • Flores trímeras (múltiplas de 3);
  • Ciclo de vida curto (por causa da raiz pequena);
  • Crescimento primário;

Exemplos: Gramíneas, arroz, milho, cereais, centeio, trigo, aveia, cana, palmeiras, etc.

Eudicotiledôneas:

  • Raíz axial ou pivotante permitindo assim atingir maiores profundidades;
  • Folhas com nervuras geralmente reticuladas (nervuras ramificadas);
  • Flores tetrâmeras ou pentâmeras (múltiplas de 4 ou 5);
  • Semente com 2 cotilédones;
  • Ciclo de vida longo;
  • Crescimento secundário;
  • Podem apresentar caule lenhoso;

Exemplos: Leguminosas como amendoim, feijão, soja, lentilha e ervilha, além do ipê, do jacarandá, da roseira, da paineira, etc.

Vamos nos voltar agora para o ciclo reprodutivo dessas plantas, onde a flor é o aparelho de reprodução. Uma flor completa de angiosperma possui uma parte feminina e uma parte masculina, mas não por isso a parte masculina de uma flor fecunda a feminina da mesma. A parte masculina é chamada de androceu, e a feminina de gineceu. O primeiro é formado pelo conjunto dos estames, folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídos por um filete e pela antera.

A parte feminina, gineceu, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização (diferentemente da imagem representativa).

A polinização é essencial para a reprodução e perpetuação dessas plantas, seja através do vento, ou por outros agentes polinizadores, como pequenos mamíferos, aves ou os que mais se destacam, os insetos, dentre os quais estão as abelhas. As abelhas utilizam o pólen para seu sustento, e acabam ajudando as plantas quando levam o pólen de uma flor consigo e “acidentalmente” deixam que ele caia em outra flor quando estão pegando mais pólen. As abelhas são mais importantes do que muitos pensam, como disse Albert Einstein uma vez: “Se as abelhas desaparecerem, ao homem restarão apenas quatro anos de vida”.

Fora a divagação com as abelhas, hora de finalizarmos a fala sobre angiospermas apresentando seu ciclo de vida:

Bem, é isso, um “breve” resumo sobre botânica; os principais grupos, suas características e ciclos de vida. Restam agora uma observação solicitada nos primeiros parágrafos da introdução:

* Como pra toda regra há exceção, também há plantas que não realizam fotossíntese, são plantas parasitas de outras plantas, que se alimentam do que elas produzem. Mas esse é um assunto um pouco complicado e não se faz necessário falar sobre ele nesse post, para mais informações acesse: http://digitalves.blogspot.com/2010/06/planta-parasita-de-outras-plantas-e-nao.html

HQ – O que você precisa saber sobre a malária

Atenção camaradas leitores, é uma página de entretenimento gratuito e empolgante, por favor não desmaiem de euforia. Para conseguir ver a imgem no tamanho ideal dela, e triplicar a sua diversão, clique nela, e se a sua internet não for muito lenta em até 43 minutos a imagem irá carregar. Brincadeira. Risos. Carrega bem rápido, a não ser que você ainda use internet discada de 5kb. Caso você use, tudo bem, eu não quis parecer preconceituoso. Enfim, bom divertimento aprendendo sobre a malária.


                                                                                                                                              

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“Resumo Bacteriano”

Pra quem ainda não teve a honra de ver viu, aqui está um breve resumo sobre bactérias (eubactérias), que contém: tipos de reprodução bacteriana, tipos de nutrição/metabolismo bacteriana, gram positivas e negativas e um pouco sobre cianobactérias. (LEIA AS OBSERVAÇÕES!)

OBS.:

  1. Não possui a explicação do que de fato  é um endósporo, nem de como acontece a esporulação. Para saber sobre isso: clique aqui (para endósporos), aqui (para ver uma imagem mostrando como acontece a esporulação), e aqui (para uma explicação mais completa sobre endósporos e esporulação).
  2. Se alguém vir algum erro, o que com certeza há nesse desenho/resumo, me avise, ou poste nos comentários, por favor. Minha desculpa para esse acontecido: coloquei um ou dois erros propositais  para que você tenha a sagacidade de descobrir após estudar bem a matéria.
  3. É um resumo, não uma aula sobre toda a matéria pra quem ainda não estudou nada sobre bactérias.

Legenda:                                                                                                                           >>>Curtiu o post?      

                   

Um pouco sobre bactérias: o método de Gram

O que é?

O método de Gram é um método empírico de diferenciar espécies bacterianas em dois grandes grupos: Gram-positivos e Gram-negativos. Baseado na química, principalmente a presença de níveis elevados de peptidoglicano, e propriedades físicas de suas paredes celulares. O Gram é quase sempre o primeiro passo na identificação de um organismo bacteriano. Enquanto Gram é uma valiosa ferramenta de diagnóstico em ambos os ambientes clínicos e de pesquisa, nem todas as bactérias podem ser definitivamente classificado por esta técnica, formando assim Gram-variável e grupos Gram-indeterminado também. A palavra Gram é sempre escrito com letra maiúscula, referindo-se a Hans Christian Gram, o inventor da coloração usada.

Procedimento

  • Confeccionar o esfregaço;
  • Corar com violeta de cristal por 60 segundos;
  • Lavar com esguicho de água destilada;
  • Cubrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
  • Lavar com esguicho de água destilada;
  • Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos;
  • Lavar com esguicho de água destilada;
  • Corar com safranina por 60 segundos
  • Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.
  • Resultados: Gram (+) coram de roxo, gram (-) cor de rosa

As bactérias Gram-positivas possuem uma parede celular mais espessa, feito de peptidoglicano (50-90% da parede celular), com isso, mancham de roxo. As bactérias gram-negativas têm uma camada mais fina (10% da parede celular), mancham de rosa. As Gram-negativas também têm uma membrana externa adicional que contém lipídios, e é separada da parede celular pelo espaço periplásmico.

Gram positiva e negativa

Gram positiva:

  • membrana lipídica citoplasmática
  • espessa camada de peptidoglicano
  • flagelo (apenas em algumas espécies). Se presente, contém dois anéis de apoio ao invés de quatro em bactérias Gram-negativas, pois as bactérias Gram-positivas têm apenas uma camada de membrana.

Gram negativa:

  • Membrana citoplasmática
  • Camada fina de peptidoglicano
  • Há um espaço entre as camadas de peptidoglicano e da membrana celular secundária, denominada espaço periplásmico
  • Flagelos, quando presentes, tem quatro aneis de apoio.
  • A maioria não esporular (não produz esporos)

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As bactérias podem apresentar diversas formas, aqui vão algumas mais comuns:

(deixe o cursor do mouse em cima da imagem para ver o nome) 

  

  

  

  

                                                                                                                                                >>>Curtiu o post?

                                                                                                                                                                

Pneumonia Bacteriana

A maior parte das pneumonias adquiridas são as bacterianas, e antigamente, eram responsáveis por muitas mortes. Felizmente, esses altos índices de morte foram contornados com a descoberta do antibiótico, por volta de 1928. Apesar de não causar tantas mortes como antigamente, a pneumonia ainda é uma doença que contagia muitos indivíduos de diversas partes do globo todo o ano. Nesse post, nosso tema vai ser a modalidade de pneumonia causada por bactérias e suas características em geral.

Bacteriana

Mais de 50% dos casos de pneumonia são causados por bactérias, principalmente o Streptococcus pneumoniae (informalmentePneumococo). Em geral, os pacientes com pneumonia bacteriana apresentam uma outra doença subjacente, que comprometem as suas defesas facilitando para a bactéria que irá atacar o pulmão. É mais comum durante os meses de inverno, em zonas temperadas, e atinge a pessoas de todas as faixa-etárias.

A bactéria é transmitida por vias aéreas ou orais. Indivíduos com a saúde debilitada são alvos fáceis dos microorganismos. As bactérias entram em contato com o meio oral de indivíduo, por exemplo, e se o seu sistema imunológico não está suficientemente forte, os pneumococos irão rumo aos seus pulmões e lá, “começarão a festa”, causando inflamações com secreções nos alvéolos (veja a imagem logo abaixo).

Pessoas com sistema imunológico muito enfraquecido apresentam inclusive casos mais graves de pneumonia. Em outros casos, pessoas que contenham as bactérias no meio oral, quando tiver um enfraquecimento das defesas do corpo, pode ter um deslocamento das bactérias para o pulmão, desenvolvendo então a infecção.

Os principais sintomas de pessoas infectadas com pneumonia são: dispnéia de repouso (dificuldade em respirar, mesmo estando parado), dores no peito e nas costas, febre alta, tosse com secreção mucopurulenta (pra vocês que não tem graduação, isso aqui significa catarro), e também desanimo e fraqueza.

Tratando a doença

Graças à penicilina e os outros antibióticos descobertos/inventados depois dela, hoje, você não tem que se preocupar em morrer por ter contraido uma pneumonia . É feito o uso de antibióticos para eliminar as bactérias do seu organismo (não serve pra pneumonias virais porque o antibiótico é feito pra atuar sobre o mecanismo de metabolismo das bactérias, que é diferente dos vírus), e também, de remédios sintomáticos, para acabar com os sintomas da doença no seu corpo, como antitérmico analgésico e nebulização (essa pra melhorar a respiração). O tratamento ainda consiste em ingerir bastante líquido, o que é bom pra expectoração.

Se o quadro se agravar, o paciente pode ser tratado no hospital e receber antibiótico venoso (injetado na veia).

“Profilaticamente falando”

Como a pneumonia é uma doença geralmente precedida de uma gripe ou resfriado, uma das melhores formas de prevenção é não contrair nenhuma delas. Isso se faz tomando vacinas que hoje já se encontram facilmente antes do inverno. Também existe vacina contra o pneumococo, mas essa é usada geralmente em pessoas com doenças crônicas ou com idade avançada, e nem sempre evita totalmente a bactéria.

Evitar locais fechados e com muitas pessoas, principalmente no inverno é uma boa forma de evitar a contração das bactérias.

É bom também manter a higiene e fazer uma dieta rica em frutas e verduras, pois eles possuem grande quantidade de vitaminas, o que ajudam na defesa do organismo.

Merchandising: Que mancha é essa?!

Sabe aquelas manchinhas vermelhas que aparecem por todo o corpo e que ficam coçando e te importunando? Então, essas mesmo. Elas são parte dos sintomas de uma doença chamada CATAPORA. Essa doença, que é causada pelo vírus HHV3, faz parte da vida da maioria da população. Geralmente as pessoas não ligam muito pra ela, mas podem haver complicações….

Quer saber mais sobre a catapora e outras coisas relacionadas a microbiologia?

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Gripe Aviária

Por não fazer parte da realidade brasileira, muitas pessoas se esqueceram da gripe aviária, acham que foi só um surto de uma doença no Oriente, mas a verdade não é bem essa. Afinal de contas o que foi o que é a gripe aviária, e como ela se difere das outras gripes? Aliás, ela teve alguma relação com a gripe suína? Ao longo do post vamos tentar responder essas e outras perguntas/dúvidas sobre a gripe das aves.

Primeiro, um “geralzão” sobre gripe:

A gripe (influenza) é uma infecção viral que ataca o sistema respiratório e distribui-se para outras partes do corpo, podendo causar febre, inflamação da garganta, congestão e também dores musculares.

Existem três tipos de vírus da gripe, A, B e C, vários subtipos, e dentro desses subtipos diversas cepas. Quando dois tipos de vitus da gripe se encontram, eles podem se combinar, dando origem a um vírus hibrido, com uma mistura de genes provenientes de dois vírus diferentes. Por isso, além das mutações que normalmente acontecem nos vírus, os vírus da gripe podem sofrer mutações em seu genoma provenientes da combinação de dois vírus, isso é o que permite o surgimento de diversas cepas.

Os cientistas acreditam que as duas pandemias mais recentes de gripe ocorreram depois que cepas humanas de gripe adquiriram genes do vírus da gripe aviária.

Nomes como H1N1, H2N2 E H3N2 são dados aos sub-tipos de vírus da gripe A. Isso devido às suas proteínas chamadas de hemaglutinina (HA) e neuraminidase(NA). Existem 16 sub-tipos HA e 9 sub-tipos NA.

Agora sim, a gripe aviária:

As aves são afetadas por todos os subtipos de gripe A, mas quando se fala sobre gripe aviária atualmente, se faz referência à cepa H5N1. Deixando de lado essa cepa, normalmente as aves não são capazes de passar a gripe diretamente para humanos, costumam transmitir primeiro para porcos e outros mamíferos que podem conter tanto as cepas de gripes aviárias quanto as humanas. Então as duas cepas se encontram, criando uma nova, que é capaz de infectar humanos.

Muitos pássaros selvagens carregam a gripe sem ficar doentes, e espalham o vírus pelos seus dejetos. Mas não se pode dizer o mesmo de aves domésticas, que normalmente contraem a doença ao entrar em contato com água ou outros meios contaminados.

A gripe aviária pode ser desde leve à letal entre as aves, quando letal seu índice de mortalidade é perto de 100% (entre as aves é claro).

O H5N1 se tornou o agente etiológico da gripe aviária que se propaga direto das aves para humanos. A primeira vez que isso foi notado foi em 1997, em Hong Kong as autoridades de saúde comunicaram a descoberta do vírus da gripe aviária que podia ser transmitido diretamente para humanos. Os sintomas eram os da gripe típica e também infecção nos olhos. Descobriu-se que o vírus reponsável, H5N1 era completamente novo para humanos.

Dezoito pessoas infectadas com o vírus foram hospitalizadas e seis delas morreram. O governo de Hong Kong, assustado com a ameaça em potencial de pandemia, tomou providências drásticas. Em mais ou menos três dias, foram sacrificadas cerca de 1,6 milhão de aves, toda a população de aves domésticas do país. Especialistas acreditam que isso tenha impedido uma pandemia.

A cepa H5N1 da gripe parecia estar dormente até 2003. Então, autoridades do governo do Vietnã e da Tailândia começaram a detectar infecções em pessoas e aves. Um número relativamente baixo de pessoas contraiu a doença e a maioria delas teve um contato direto e extenso com aves infectadas. Em dezembro de 2004, a doença se espalhou entre pessoas na Indonésia e no Camboja. Quase metade das pessoas que contraíram o vírus morreram. Enquanto isso, cada vez mais aves eram infectadas.

Novamente, como medida de contenção da transmissão da doença, milhões de aves domésticas foram mortas, mas mesmo assim em outubro de 2005, a gripe se espalhou pela Europa Oriental, provavelmente através de aves migratórias. Até o mês de janeiro seguinte, várias pessoas na Turquia tinham contraído a doença. Autoridades da área de saúde da Nigéria encontraram aves infectadas com a doença, em fevereiro de 2006.

TRANSMISSÃO

Algumas pessoas perguntam se os cientistas não estão exagerando em relação à gripe aviária. Afinal de contas, o vírus infectou menos de 200 pessoas, comparado a milhões de aves. Ele não pode, também, ser transmitido tão facilmente das aves para as pessoas e a possibilidade de transmissão de uma pessoa para outra é menor ainda, no entanto ainda há um risco. Os meios de transmissão são:

– contato direto com secreções de aves infectadas pelo influenza aviário H5N1;

– água, alimentos e roupas contaminadas.

OBS: Não, comer carne de frango não é um meio de pegar a gripe aviária, a não ser que você seja problemático excêntrico ao ponto de comer carne de frango crua.

SINTOMAS

Os sintomas em humanos são:

– febre alta

– dores musculares

– dificuldades e problemas respiratórios

– ressecamento da garganta

Muito parecidos com o da gripe comum, porém, com resultados mais graves. Autoridades da área de saúde informam que a doença que já era mais grave do que a gripe suína, ficou mais grave e mais infecciosa, e temem que ela possa sofrer mutação e tornar-se uma ameaça maior para as pessoas.

PROFILAXIA

Para impedir a doença de ganhar maiores proporções algumas medidas de contenção foram, e ainda são tomadas por países onde o risco é maior:

  • sacrificar as aves  que parecem estar infectadas e que estejam próximas ao local do foco da infecção;
  • advertir as pessoas que tratam das aves domésticas sobre as práticas de biossegurança e higiene adequadas.
  • aplicar vacinas de gripe sazonal em pessoas que tratam de aves domésticas. Dessa forma ela diminui-se a probabilidade de alguém ser infectado com ambas as variedades de gripe ao mesmo tempo, dando aos vírus uma oportunidade de trocar material genético;
  • monitorar aves selvagens e domésticas, observando qualquer sinal de infecção;
  • desenvolver uma vacina para a gripe aviária H5N1,  e armazenar medicamentos antivirais;
  • proibir a importação de aves e frangos e deixar animais domésticos e de exibição de quarentena quando retornarem de países onde a infecção houver sido detectada;
  • recomendar que os granjeiros confinem suas aves domésticas.

TRATAMENTO

A doença ainda não possui vacina para precaução, nem cura para os infectados, estes tem que recorrer a um tratamento com remédios antivirais com ação contra o vírus da gripe, associados à terapia de suporte. Os antivirais impedem que vírus recém formados saiam da célula hospedeira, dessa forma contendo a infecção de novas células. Esses medicamentos demonstram ser consideravelmente eficientes. Por enquanto.

E por fim, para provar que essa gripe não é coisa do passado, veja algumas das últimas notícias aqui, e aqui.

Vírus

Extremamente simples e pequenos, geralmente menos de 200nm, os vírus têm intrigado a humanidade desde sua descoberta, sendo acelulares e tendo tamanha simplicidade bioquímica, sua classificação é complicada, pois alguns cientistas questionam se eles são realmente seres vivos, inclusive, é por isso que não se encaixam no sistema de classificação taxonômica de Lineu.  Na sua classificação levam-se em conta o tipo de ácido nucléico, estratégia de reprodução e morfologia. Normalmente não se aplica a nomenclatura binominal, mas sim um nome comum ao mundo inteiro contendo siglas ou códigos. Para saber mais especificamente sobre as principais formas de classificação de vírus inventadas, leia aqui.

São constituídos principalmente por ácidos nucléicos e proteínas. As proteínas formam um envoltório chamado de nucleocapsídio, que protege o ácido nucléico, o código genético viral e pode ser DNA ou RNA, dependendo do vírus. Alguns vírus possuem também uma membrana lipoprotéica, chama envelope, que se forma quando o vírus sai da célula hospedeira.

Isso mesmo, os vírus se propagam infiltrando-se em células, por não conseguem reproduzir-se por si sós, têm que invadir células vivas, e passar a comandá-las para se multiplicar, podendo assim serem considerados parasitas. Essa propagação pode ocorrer através de contato com meios contaminados como alimentos, bebidas e até o ar, com o sangue, fluidos corporais e as vezes a pele de pessoas infectadas. Há seres vivos capazes de transmitir o vírus, são então chamados de vetores, os transmissores do agente etiológico (é assim que o vírus é chamado quando ele é o causador de alguma doença).

Quando um indivíduo é infectado por um vírus, ou simplesmente o carrega sobre si, ele se torna seu hospedeiro, e pode ficar doente por causa do vírus, isso dependerá se será estabelecida uma relação de parasitismo, comensalismo ou mutualismo. As doenças causadas por microorganismos como o vírus, são chamadas de doenças infecciosas, e podem ser classificadas em endemia, epidemia e pandemia.

A endemia é uma doença restrita a certa região denominada de “faixa endêmica”, a doença não se espalha, fica nessa região, porém a endemia tem duração continua. Devido a isso, as pessoas que viajam a tais regiões tem de ser vacinadas. Um exemplo desse caso é a febre amarela na Amazônia.

Já a epidemia é uma doença infecciosa que tem inicio em certa região e vai se espalhando para as demais localidades gerando um surto epidêmico. Isso se dará ao fato do surgimento de um novo agente ou a mutação de um já existente. Exemplo: gripe aviária.

A pandemia, é uma epidemia de uma doença infecciosa que tomou formas catastróficas, se espalhando por longas regiões, chegando a tomar países e continentes inteiros, quiçá até o planeta inteiro. Um exemplo atual que temos, é a AIDS, falaremos mais sobre essa doença ao final do post, e também sobre a dengue, na seção Doenças Infecciosas.

VÍRUS BACTERIÓFAGOS

Aos vírus que são capazes de não só infectar bactérias, mas também destruí-las, nós damos o nome de Bacteriófago ou simplesmente, fago.

Para se reproduzir, os fagos se utilizam de dois ciclos para reprodução: o ciclo lítico ou o ciclo lisogênico.

No ciclo lítico, o DNA ou RNA do vírus  passa a controlar o metabolismo bactériano e formar novos vírus. Então, ocorre  a lise da célula, liberando vários outros vírus que podem infectar mais bactérias.

Já no ciclo lisogênico, o DNA viral se incorpora ao DNA da bactéria ou célula. Com isso, durante o processo de divisão celular, o material genético de ambos sofrerá duplicação e divisão gerando células filhas. Depois de infectada, a celula começará a difundir o vírus  por todo o organismo. Exemplos de doenças a partir de  vírus lisogênicos são a AIDS e a herpes, que tem em comum a demora no aparecimento dos sintomas.

DOENÇAS INFECCIOSAS – AIDS E DENGUE

AIDS

síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) , uma doença que se da a partir de vírus lisogênico, o HIV. O HIV tem sua transmissão dada  através do contato direto de uma membrana mucosa ou na corrente sanguínea com um fluido corporal que  o contenha, tais como sangue, sêmen, secreção vaginal, fluído preseminal e leite materno.

Nos sintomas iniciais pode haver febre, mal-estar, gânglios linfáticos inchados, vermelhidão cutânea, e/ou meningite viral, sintomas esses parecidos com os da gripe. Por desaparecerem rápido os novos portadores não procuram o tratamento adequado. Na segunda fase, que dura 10 anos, o portador vai ficando sem anticorpos, mas ainda não desenvolveu a AIDS em si, porém já pode transmitir o vírus para outras pessoas. Na terceira fase, a fase de realmente AIDS, os níveis de linfócitos são críticos, não havendo resposta eficaz contra invasores. Se inicia então cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores noturnos e doenças oportunistas. Se não houver tratamento, as chances do paciente sobreviver são mínimas.

Não existe cura para o HIV, mas existe um tratamento eficaz de controle à doença. Há vários remédios no mercado que ajudam o paciente e dão uma sobre-vida, porém esses medicamentos atacam os  rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.

As formas de prevenção contra a AIDS estão bastante difundidas hoje em dia. O uso de preservativos nas relações sexuais, a utilização de agulhas e seringas descartáveis, esterilização de objetos cortantes, cuidado nas transfusões de sangue e uma ótima dica: bom senso.

Tradução: “AIDS nos faz iguais”

DENGUE

dengue, assim como a AIDS é uma doença infecciosa. Ela tem como vetor um mosquito fêmea, o Aedes aegypti/Aedes albopictus. Existem duas  formas de dengue: a clássica e a hemorrágica.

Os sintomas da dengue clássica são:

  • Febre alta com início súbito.
  • Forte dor de cabeça.
  • Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
  • Perda do paladar e apetite.
  • Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
  • Náuseas e vômitos·
  • Tonturas.
  • Extremo cansaço.
  • Moleza e dor no corpo.
  • Muitas dores nos ossos e articulações.

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:

  • Dores abdominais fortes e contínuas.
  • Vômitos persistentes.
  • Pele pálida, fria e úmida.
  • Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
  • Manchas vermelhas na pele.
  • Sonolência, agitação e confusão mental.
  • Sede excessiva e boca seca.               (o vetor: mosquito, e o agente etiológico: vírus)
  • Pulso rápido e fraco.
  • Dificuldade respiratória.
  • Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas.

tratamento é feito com muito repouso e líquidos. Além de não existir cura, a auto-medicação é contra-indicada. A maioria dos remédios para combater os sintomas são também anticoagulantes, facilitando hemorragias.

prevenção mais eficaz é acabar com o mosquito transmissor, não deixando água parada.

Microbiologia: Introdução

A microbiologia, a ciência que estuda os microorganismos, todos aqueles seres que podem ser vistos somente através de microscópios surgiu, é claro, somente depois da invenção desses instrumentos, que mostraram um mundo novo, cheio de pequeníssimas criaturinhas que estão presentes em toda a parte, os protozoários, fungos, pequenas algas, bactérias e talvez os mais famosos e temidos, contudo muito intrigantes, vírus.

Normalmente relacionados a coisas ruins, os mais conhecidos, as bactérias e vírus têm sua importância e até benefícios para a vida em geral e a humanidade, iremos comentar sobre esses seres nos próximos posts, começando pelos vírus.